domingo, agosto 03, 2008

Reflexão: Os malefícios de um julgamento precipitado


Havia numa aldeia um velho sábio, muito pobre mesmo, que possuía um lindo cavalo branco.Numa manhã ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira.
Os amigos disseram ao velho:
- Mas que desgraça, seu cavalo foi roubado!E o velho respondeu:
- Calma, não cheguem a tanto. Simplesmente digam que algo mudou, sendo que o cavalo não está mais na cocheira. O resto é julgamento de vocês.
As pessoas riram do velho.

Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou.Ele havia fugido para a floresta. E ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.Novamente as pessoas se reuniram e disseram:
- Velho, você tinha razão. Não era mesmo uma desgraça, e sim uma bênção.
E o velho disse:
- Vocês estão se precipitando de novo.

Quem pode dizer se é uma benção ou não?
Apenas digam que algo mudou, sendo que o cavalo está de volta.

O velho tinha um único filho que começou a treinar os cavalos selvagens.
Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos e fraturou as pernas.
As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar:
- E não é que você tinha razão, velho? Foi uma desgraça seu único filho perder o uso das duas pernas.E o velho disse:
- Mas vocês estão obcecados por julgamentos, hein? Não se adiantem tanto. Digam apenas que algo mudou e que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe ainda se isso é uma desgraça ou uma bênção.

Aconteceu que, depois de algumas semanas o país entrou em guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar, menos o filho do velho.
E os que foram para a guerra, morreram...

As mudanças realmente nos assustam e fazem com que as encaremos sempre como uma desgraça.

Quem é obcecado por julgar cai sempre na armadilha de basear seu julgamento em pequenos fragmentos de informação, o que o levará a conclusões precipitadas;

Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina, outro começa;

Quando uma porta se fecha, outra se abre;Às vezes enxergamos apenas a desgraça, e não visualizamos a bênção que ela poderá nos trazer.
[autor desconhecido]