æææ S.O.S salvem-nos æææ

Será que perdemos o significado?

Em um bate-papo casual entre amigos com longas histórias da contemporaneidade, surge o questionamento sobre o poder das palavras ou melhor da banalização de algumas das quais consideramos fundamentais para a expressão de nossos desejos, anseios e sentimentos.

Banalização!

Como assim?

Hoje em dia algumas palavras são verbalizadas como se fossem sinônimos de “oi” ou “até logo”, comprimentos que se utilizam usualmente para qualquer tipo de relacionamento.

Pareceu-lhe familiar?

Já viveu alguma situação onde o que lhe foi dito foi efêmero?

Então, aí vai alguma dessas palavras cujo significado transcende a sua interpretação:

- Saudades;
- Gosto de você;
- Te amo;
- Sinto sua falta;

Dentre as mencionadas com certeza essas foram as mais comentadas.

O intuito deste comentário não está em julgar ninguém, mesmo porque, este não é o objetivo, mas dividir uma percepção, um efeito dos dias atuais. É real e ninguém está imune ao fato.

Logicamente que esse comentário tem haver, muito mais, em relacionamentos estreitos, onde se envolve um sentimento mútuo.

A nossa dúvida é, como em uma semana você ouve: sinto sua falta, estou com saudades, eu te amo, e no outro dia você ouve: acho que não existe sintonia, estive equivocado, não me interprete mal, enfim, você ouve um discurso totalmente contrário, e pior, fica sem entender nada! Certos tipos de relacionamento são construídos com o tempo, então que sejam feitos com palavras que representem o que se sente!

A questão não é o que deve ou não deve ser, nem tampouco como deve ser ou tem que ser, mas a forma de se dizer, se expressar, sentir, e cuidar dos “sentimentos” das pessoas. Devem existir vários motivos que estão por trás desse fato. Esperamos que as pessoas não estejam esquecendo o significado dessas palavras.

Muitos dizem que "um gesto vale mais que mil palavras". Neste momento, não entramos no mérito do ditado popular, porém até ele pode ser questionado, mas se usar as palavras que sejam com muita sinceridade!

César Silva