quinta-feira, outubro 26, 2006

♂ Da emoção para razão à realidade ♂

Existiu um tempo onde se iniciou um brilho dentro do corpo. A emoção tomava conta do ser, a esperança reluz e o que parecia ser ilusório tornava-se tangível.
O corpo muda em emoções que se alteram, as vontades mudam e o desejo aumenta. Músculos da face se tornam mais flexíveis ao ponto de ser nítida a expressão pública de sinais delineados resplandecendo os caninos.
Desponta-se à vontade de ser e não estar. A química corpórea modifica os pensamentos, que por sua vez ficam cada vez mais acelerados, a razão sai de cena e a emoção brilha em seu papel triunfante.
Há um tempo em que tudo parecia transparente, mas a realidade não parece clara aos olhos, ou melhor, tudo depende de como vizualizamos. A oscilação dos sentimentos transforma conceitos e comportamentos. Tudo fica mais leve e pintado em tons pastéis. A água que passou por debaixo da ponte da memória, se torna presente. É chegada hora de se adaptar, olhos para si, ver o que aconteceu. As palavras são: refletir e ponderar.
Há momentos que são bons e há momentos que não são bons, porém, refletir, ponderar, suspirar e continuar a caminhada da esperança.
A tempestade vira bonança e sol que parecia sem graça volta a brilhar, resta saber até quando.
Há situações que se tornam decisivas, pois os conceitos são construídos e automaticamente imagens são projetadas. O momento dual parece ser singular para a formação desta simbologia.
Há fases onde o que parecia verdade se torna mentira. A ilusão que deturpou os olhos parece clarear os fatos tornando-se coerentes e conexos. Todo o ambiente sinaliza o que acontece, preste atenção, mas o ser rejeita a influência postergando a realidade e vive um verdadeiro simulacro de esperanças.
A pureza do sentir e viver envolve o ser puxando para o estar. A verdade parece unilateral ou será um panóptico em que as pessoas assistem sentadas por de trás de uma cortina de vidro filmado. Bem-vindo ao espetáculo onde a hipocrisia se torna a verdadeira protagonista.
Não há nada que se possa fazer, não existe a pré-disposição, a decisão não está nas mãos dos espectadores. O suposto protagonista percebe sem mesmo entender e afere os fatos. A realidade perde sua imagem, tudo se torna lógico, a sensação da falta de palavras verdadeiras, objetivo, demonstração de opção ou prioridade e principalmente a consideração, que poderia ser o mínimo, não existe.
Fazer seu papel, ver que a intensidade ao longo da busca por um sentimento, a luta entre razão e emoção ser tornaram sem propósitos estraçalhados pelo medo de algo ou alguém.
A fraqueza na omissão da verdade e de ser algo na vida do alguém representa o que pode ser mais importante para o conjunto de ilusões e objetivos.
Houve realmente um tempo onde se imaginou que tudo poderia ser real e intenso, mas nem sempre as palavras são necessárias para acabar com tal possibilidade. A falta de coragem e propósitos conduzem para omissão e insignificância do ser.
Tudo se torna força para o conhecimento. Perceber que o tempo passou e a mensagem é: não fazer o que você não gostaria que fizesse para você são claros.
Hoje, não houve, pelo contrário, é o tempo de ver o quanto se fortalece e evolui nos tempos, fases e momentos da vida. Conclusão: O quanto vale se sujeitar há tempos como estes.
Por: César Silva/outubro/2006
Foto: O pensador - Descartes

Um comentário:

Daniela R. Vieira disse...

Que filosófico!!!!!!!
bjs